De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Com isso, o país alcançou 22 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Geração de empregos, minimização dos impactos negativos ao meio ambiente e redução de custos para o consumidor final são algumas das vantagens da implementação da energia solar.
Energia solar superou a eólica
No início de 2023, a energia solar ultrapassou a fonte eólica (gerada pela força do vento), passando a ocupar o segundo lugar na matriz elétrica brasileira. Do total da potência instalada no país, 14,3% vêm da energia solar, ficando atrás apenas da hídrica (51%).
O levantamento da Absolar aponta que a tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.530 municípios e em todos os estados, com Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná tendo as maiores participações.
Desde 2012, foram aplicados R$ 111,2 bilhões em recursos privados no setor, gerando quase 700 mil novos empregos e arrecadando R$ 29,8 bilhões para os cofres públicos.
Mercado acumula recordes
Conforme dados da Aneel, a capacidade instalada da matriz elétrica no Brasil cresceu cerca de 7 Gigawatts (GW) entre janeiro e agosto de 2023. Desse total, 6,2 GW são provenientes de fontes solar e eólica.
Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN), em 2022, as fontes renováveis representaram 87,9% de toda a matriz elétrica do Brasil, destacando-se como uma referência internacional em energia limpa.
Entre janeiro e agosto de 2023, o Brasil experimentou o maior aumento na capacidade de geração solar centralizada de sua história. Em 2022, o acréscimo anual foi de 2,5 GW, número já superado pelos 3 GW instalados apenas nos primeiros oito meses de 2023.
Avanço do setor é benéfico para população e planeta
Além da geração de empregos, mencionada acima, o aumento na instalação de energia solar tem diversos benefícios, tanto para o consumidor final, quanto para o planeta. Estamos falando de uma fonte de energia limpa, renovável e que no longo prazo pode ficar mais barata para quem paga a conta de luz.
“A Energia Solar Fotovoltaica veio para democratizar a geração de energia pelos consumidores, hoje se você consome a partir de R$200,00 por mês, já se torna viável e muito atrativo produzir sua própria energia, ao invés de pagar todo mês a conta de luz. Soma-se o atrativo das linhas de financiamento, onde você não precisa descapitalizar, e consegue uma parcela de financiamento inferior ao valor pago para a distribuidora de energia elétrica.”, aponta Filipe Cardoso, CEO da Eletrobidu.
Além disso, o meio ambiente também agradece. A geração de energia nas hidrelétricas requer inundações significativas, afetando habitats naturais e ecossistemas, e pode necessitar a realocação de vilarejos, causando impactos sociais.
Além disso, a alteração do curso de rios pode comprometer a qualidade da água e a vida aquática. Em contrapartida, a energia solar, com estruturas de menor impacto ambiental, pode ser instalada em áreas rurais inutilizadas e em telhados urbanos, aproveitando o ecossistema existente para produzir energia limpa e renovável.