A energia solar fotovoltaica é uma fonte renovável e sustentável de eletricidade obtida através da conversão da luz do sol em eletricidade por meio de células, chamadas justamente de fotovoltaicas.
Sua aderência no Brasil vem crescendo em 2024: somente neste ano, ultrapassamos os 39 gigawatts de potência instalada. Isso equivale a 17% da potência operacional da matriz elétrica do Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR).
Interessados na redução da conta de luz e nos impactos ao meio ambiente, cada vez mais pessoas e empresas vêm adquirindo essa fonte alternativa de energia. Mas como ela funciona na prática?
Neste artigo, exploraremos detalhadamente esse sistema cada vez mais popular e suas vantagens para o meio ambiente e para os consumidores.
O que é a energia solar fotovoltaica?
A energia solar acontece a partir de um processo onde painéis solares convertem a luz do sol em eletricidade. É uma fonte de energia limpa e renovável.
Esses painéis têm diversas células fotovoltaicas, feitas de materiais como o silício. Quando há a incidência de luz solar sob as células, acontece uma reação física: os elétrons, localizados dentro dos átomos desses materiais, são liberados e se movem.
O movimento é responsável pela geração de corrente elétrica, que converte a energia solar em luz. Inicialmente, a energia é gerada em corrente contínua, mas por padrão deve ser transformada em corrente alternada. Para fazer essa conversão, usa-se um inversor.
O que fazer com a eletricidade gerada por esses painéis? As mesmas coisas que são feitas com a energia elétrica “tradicional”: alimentar toda a estrutura elétrica de uma residência ou estabelecimento comercial.
Essa energia gerada durante o dia fica guardada para os períodos noturnos, quando não há a geração. Também é possível armazenar essa energia para usá-la no futuro, uma vez que exista a chance da incidência solar não ser capaz de gerar a eletricidade necessária.
Dependendo da região em que os painéis serão instalados, isso pode ser importante — em países que têm dias muito menores no inverno, por exemplo.
Onde a energia solar pode ser instalada?
Em linhas gerais, onde há luz solar incidente, há espaço para a instalação da energia solar fotovoltaica.
Ela pode ser implementada tanto em ambientes urbanos, quanto rurais, para diversos objetivos — como o pessoal, para substituir a energia elétrica em casa ou na empresa, para reduzir custos e os impactos da pegada de carbono.
No caso de residências e edifícios comerciais, são instaladas nos telhados, principalmente, já que são superfícies planas com boa incidência solar. Também há a possibilidade de fazer a instalação em estacionamentos, por exemplo.
Para a utilização no campo, fica ainda mais fácil implementar a energia, já que é comum a disponibilidade de grandes espaços nos terrenos. Agricultores podem optar por algum local pouco utilizado nas plantações, por exemplo. No caso de pouca disponibilidade de espaço em terra, há a alternativa de instalar sistemas flutuantes em lagos ou represas, por exemplo.
Quais são os principais benefícios da energia solar fotovoltaica?
Em primeiro lugar, temos os benefícios ambientais. Estamos falando de uma energia limpa, renovável e altamente disponível. Como já mencionamos, enquanto há sol, há a possibilidade de transformá-lo em energia.
Além disso, a troca das energias convencionais, que geram a queima de combustíveis fósseis, pela energia solar, contribui para a diminuição dos gases de efeito estufa.
Pensando em outros lados, temos a economia no longo prazo. Isso porque você terá o seu próprio equipamento, usando uma energia gratuita! Inicialmente, há a necessidade de instalação dos painéis, o que faz com que muitas pessoas pensem que a energia solar é mais cara ou até mesmo inacessível. Mas não é assim que funciona.
Qual é o investimento para instalar a energia solar em casa ou na empresa?
Não é simples dizer o quanto custa a instalação da energia solar fotovoltaica. O orçamento leva em consideração o tamanho dos painéis, mão de obra da empresa e qualidade dos equipamentos, por exemplo.
Os principais fatores levados em consideração para traçar o custo de um projeto são:
- Consumo médio mensal: o projeto é calculado visando suprir a demanda energética do imóvel;
- Localização geográfica: cada região do país e cidade possui um índice de radiação solar, o que impacta na quantia de placas necessárias para suprir a demanda;
- Tipo de estrutura necessária (telhado cerâmico, metálico, fibrocimento, solo ou laje);
- Orientação do telhado: telhados com face norte possuem maior geração, seguida da leste e oeste. O sul sempre é “pior” pois no inverno quase não existe incidência de sol).
Por isso, um orçamento “padronizado” acaba não refletindo na realidade de cada projeto, que tem necessidades e complexidades diferentes. Pensando em custo x benefício, acreditamos que quem tem uma conta de luz padrão de R$ 300 já poderia ter vantagens ao adquirir o sistema fotovoltaico, em razão da economia de energia gerada nos próximos anos.
